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12 assuntos da atualidade que podem cair no Enem

Giliard
Giliard
Publicado em 04/10/2018 às 9:28
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Além de estudar por livros e apostilas, candidatos que farão o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), nos dias 4 e 11 de novembro, devem ficar atentos a assuntos de atualidades que podem ser cobrados nas provas.

São temas que os feras aprendem assistindo a noticiários pela televisão, lendo jornais e sites, conversando com os professores e colegas.

Veja, abaixo, 12 assuntos que têm chances de cair nos testes. A seleção foi feita pelo consultor pedagógico Fábio Braz, da Plataforma SAS. Ele elencou temas baseado nos principais acontecimentos no Brasil e no mundo durante 2018.

– Uma nova corrida espacial

Agora não somente as agências governamentais, como a NASA, exploram a imensidão do espaço, mas também as empresas privadas e consórcios diversos. Duas empresas merecem destaque: a Blue Origin e a SpaceX, sendo esta última responsável por enviar o primeiro carro ao espaço, o modelo Roadster da montadora Tesla, especializada em veículos elétricos. “A simbologia do envio do automóvel aponta para um futuro de conquista e colonização planetárias. O que pode parecer um salto para a tecnologia também pode representar um risco à vida em outros planetas, visto que o veículo estaria carregando microrganismos que poderiam dizimar formas de vida que ainda não conhecemos”, pontua Fábio.

– Reeleição de Maduro na Venezuela

Nicolás Maduro foi reeleito presidente da Venezuela com 67,7% dos votos e governará por mais seis anos uma Venezuela que sofre grave crise socioeconômica, protestos violentos e que ultrapassa mais de 200 mortos pelos confrontos. Mesmo com 75% de reprovação popular, Maduro ainda mantém eleitores leais das camadas mais populares e o governo atribui toda a culpa dos problemas vividos pelo país a uma política econômica neoliberal perversa, orientada pelos EUA.

– Tentativa de independência da província Catalunha

A província da Catalunha aprovou, por referendo popular em outubro de 2017, sua independência da Espanha em um movimento que levou menos da metade dos eleitores às urnas. “Embora o resultado tenha sido pró-independência, a adesão baixa no pleito gerou dúvidas sobre sua legitimidade, sendo esse o principal viés de atuação do governo espanhol contra os separatistas”, explica Fábio. A Catalunha reivindica independência por considerar-se culturalmente distinta do restante do país. Também justifica que os impostos pagos são desproporcionais ao que recebem em troca do Governo Central de Madri.

– A Copa da pluralidade

Esse tema revela os grandes movimentos populacionais e resume a diversidade cultural criada por tais trocas. Fábio lembra que a Copa de 2018, inclusive, levantou importantes debates no mundo todo: a imigração, o racismo, o repúdio ao assédio sexual, a queda das grandes potências e o ressurgimento de outras equipes. No tocante à imigração, é latente em vários países o crescimento do repúdio ao imigrante, com manifestações xenofóbicas, criação de muros e inclusive detenções e extradições.

– Apropriação de dados privados dos usuários pelo Facebook

“Vive-se a era da vulnerabilidade, em que dados, sentimentos, emoções e desejos são monitorados por ferramentas inseridas nas redes sociais de aparente irrelevância e inocência, mas que têm como objetivos processar informações que possam ser exploradas para fins econômicos”, pontua Fábio. Nesse sentido, serviços ou produtos são sugeridos e publicidades direcionadas a públicos pontuais, mediante suas necessidades ou sentimentos expressados nas conversas, buscas e fotos. “A apropriação de dados privados dos usuários pelo Facebook aponta para o perigo do tráfico de dados nas redes sociais”, completa Fábio.

– Surto de febre amarela

Vive-se no Brasil o maior surto de febre amarela desde 1980. Embora a febre amarela urbana tenha, no decorrer dos anos, praticamente desaparecido, sua versão silvestre continuou a existir – a partir de 2014 o vírus começou a se propagar da região amazônica por meio de corredores de florestas, atravessando o Centro-Oeste e chegando ao Sudeste, infectando os macacos da Mata Atlântica. Dadas as mudanças ambientais, os mosquitos foram impulsionados a migrarem para as áreas urbanas. Os estados mais afetados são Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro.

– Agrotóxicos ou defensivos: uma questão de perspectiva

Mais de 64% da produção de alimentos no Brasil faz uso de agrotóxicos, posicionando o país desde 2008 como o maior consumidor mundial, segundo dados da Associação Brasileira de Saúde Coletiva, realizado em conjunto com o Ministério da Saúde. Fábio explica que essa informação pauta a discussão sobre as consequências ao meio ambiente, tais como contaminação e empobrecimento do solo e à saúde, pelo desenvolvimento de doenças.

O Projeto de Lei 6.299/2002, conhecido como PL do Veneno, já aprovado em comissão irá para votação no plenário da Câmara dos Deputados e propõe a mudança do nome “agrotóxico” para “fitossanitário”, o que flexibiliza a utilização dos agrotóxicos no país, tornando proibidas apenas as substâncias que apresentem “riscos inaceitáveis”, algo que ainda carece de estudos e pesquisa de longo prazo, tornando-se vago o veredicto.

– Vacinação enfrenta resistência

O Brasil, reconhecido mundialmente por seu amplo e gratuito programa de vacinação da população, inserido como Política Pública de Saúde no País, trouxe uma cobertura que erradicou doenças como caxumba, sarampo, rubéola e poliomielite. Todavia, nos últimos anos, foram observadas reduções significativas nos índices de imunização, considerando que parte das famílias alimentadas por informações não-científicas decida por uma ou outra vacina.

– Empoderamento feminino

Empoderar a mulher significa reforçar sua força, segurança e autoconfiança perante a sociedade, e tal empoderamento impacta na sua vida pessoal, política e profissional. São inúmeras as iniciativas de organizações brasileiras voltadas à igualdade de gênero, embora essa questão ainda precise avançar muito. “Em 2010, a ONU lançou os “Princípios do Empoderamento Feminino”, com o intuito de nortear algumas ações na esfera pública e privada, e este pode ser um excelente documento para acúmulo de repertório sobre o assunto”, indica Fábio.

– Acirramento das políticas de imigração nos EUA

Desde a eleição de Donald Trump houve um endurecimento das políticas de imigração nos Estados Unidos, observando um enorme contingente de latino-americanos detidos e deportados todos os dias. E o drama aumentou quando entre o fim de abril e o início de maio deste ano, mais de 2,3 mil crianças foram separadas de suas famílias ao tentarem atravessar a fronteira ilegalmente, segundo dados do Departamento de Segurança Nacional americano. “Vale ressaltar que a criminalização e a detenção são medidas oriundas do governo Obama, todavia, foi com o governo Trump que aumentaram em 40%”, acrescenta Fábio.

– Reaproximação entre as Coreias

As duas Coreias tentam derreter o gelo nas relações diplomáticas e pôr um fim à tensão de uma guerra iminente. E o ano de 2018 traz um importante significado para esse apaziguamento, pois a Coreia do Norte celebrará 70 anos de sua fundação, e a Coreia do Sul sediará os Jogos Olímpicos de Inverno. “A dificuldade na reaproximação entre os dois países consiste, de um lado, pelos exercícios militares da Coreia do Sul com o apoio Estados Unidos, e do outro, pelos testes nucleares realizados por Pyongyang e a turbulenta relação da Coreia do Norte com Washington”, resume o consultor.

– Mudança da embaixada dos EUA para Jerusalém

O governo Donald Trump, cumprindo promessas de campanha, transferiu a embaixada dos Estados Unidos da capital israelense Tel-Aviv para Jerusalém, objetivando transmitir a mensagem internacional de que Jerusalém é a verdadeira capital do Estado de Israel. Beltrão explica que tal decisão de Trump acendeu o estopim para confrontos na região por uma declarada oposição da Palestina, Líbano, Síria, Irã, entre outros.